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sábado, 3 de dezembro de 2011

Eduardo Canto conta, canta e encanta a todos.


Eduardo Canto sobe aos palcos com um grande diferencial. Ao invés de começar a cantar ele conta histórias das músicas do repertório da cada show. Depois de trabalhar muito tempo com Oswaldo Montenegro e Guilherme Arantes o cantor  direcionou seu trabalho em lindas canções feitas até o ano de 1950. Com este seu  trabalho Eduardo conquistou um grande público da terceira idade que são seus maiores fâs.
O repertório de cada show é composto de compositores como :  Lupicínio Rodrigues, Nelson Gonçalves, Cartola,  Noel Rosa,  Jamelão e outros. O fale Mulher assistiu ao seu show  na sala Baden Powell e entrevistou Eduardo que nos contou como é feito as pesquisas sobre as histórias das músicas e muitos outros assuntos que vão agradar quem realmente gosta de ouvir o que há de bom dentro da nossa música Popular Brasileira.

FALE MULHERPor que Eduardo Canto?
EDUARDO COSTA:  Meu nome artístico era para ser Eduardo Costa que é meu nome de batismo . Eduardo  Luis Pereira da Costa,  Só que quando  eu fiz o disco com Roberto Menescal  já tinha um Eduardo Costa e não é legal se lançar no mercado com um nome igual. Eu fiz uma pesquisa e ficou Eduardo Canto.

FM: Como é conquistar  e manter  um publico  que na maioria são idosos?
EC:  Aconteceu por um espaço  que existia . Quando eu comecei o trabalho no início do ano 2000 as pessoas não davam espaço, como até hoje não dão,  para os idosos. Eu  vivi no meio musical através de meus  avós, eu convivi com este tipo de música e de pessoas.  Foi através da minha produtora Karla que já tinha um trabalho voltado para  maioridade,  um projeto chamado “Só para maiores”. Nós começamos a suprir este  espaço que não  tinha  ninguém  trabalhando.  Um espaço com  publico de 50, 60 e 70 anos  que viveram esta época,  a era do Rádio, e quando eu entrei neste espaço vazio,  foi este publico que me acolheu, entenderam a minha  proposta e me aceitaram de coração aberto.

FM: O que achei bacana no seu show foi você contar histórias. Como você faz para saber histórias de cada música?
 EC: Na verdade eu escolho as músicas e minha produtora  Karla Maria faz as pesquisas contando as histórias delas que na as vezes  algumas músicas  não tem histórias. Já o Lupicinio Rodrigues a gente encontrou histórias nas quatorze músicas do show. É um trabalho de pesquisas encontrados em livros,  no museu do rádio e outros meios que podemos  pesquisar  e encontrá-las
 FM: Eu senti que você se emociona  em cada música. Você é uma pessoa romântica?
EC: Não! Eu não sou uma pessoa romântica  mas  eu gosto das músicas que tem letras interessantes e que são românticas. Eu acho que inclusive para você  poder passar o sentimento daquilo que você está cantando você tem que realmente  sentir, e naquele momento  é realmente uma entrega para que eu possa passar o melhor, como por exemplo você percebeu.
FM: O QUE MAIS VOCÊ GOSTA DE CANTAR?
EC: Eu  gosto de cantar tudo  o que é bom . Não tenho muito preconceito , eu acho que tudo o que é bom , que sinto, que gosto  que mexa comigo eu canto. Como  eu tenho um trabalho  de resgate,  mais direcionado, então consequentemente  você  vai para estes compositores que tem uma história como Lupicínio Rodrigues, Jamelão , Ataulfo Rosas,  Nelson Cavaquinho, Noel Rosa... A  gente faz um apanhado e sempre acaba nesta história de cantar grandes compositores. Mas  eu não tenho  preconceito  , é que as vezes não cabe no meu show . Mas se alguém me chamar para cantar um bom pagode eu vou  na boa.  
FM :  Pelo que eu soube você já participou de vários festivais em Brasília. Você chegou a ganhar algum?
 EC:  Eu participei de festivais e ganhei um em Brasília o Marisco e o Objetivo, ambos no colégio que  estudei. Depois participei  de dois festivais junto com Oswaldo Montenegro em “Condor” e com o grupo “Rack” que fez um coral com cinqüenta negros e eu estava junto. No início do ano cantei com José Alexandre numa eliminatória em Porto Alegre. É uma emoção muito grande e também  é  muito nervosismo. Eu não gosto muito de festivais porque a gente sofre muito,  mas  não deixa de ser uma coisa muito boa e  diferente.
FM: Como foi para você ser descoberto pelo Oswaldo Montenegro?
EC:  Ele me ajudou muito , sou muito grata a ele,  Se não fosse ele não estaria aqui no Rio de Janeiro estaria em Brasília. A gente tem muita afinidade.  É  um prazer muito grande ter aprendido  muitas coisas com ele  como o comportamento no palco, essas coisas artísticas, muita coisa eu aprendi com ele.
FM: Quando  e  onde vai ser o seu próximo show?
EC:  No mês de dezembro  e em janeiro de 2012 eu vou fazer um roteiro no espaço SESC sobre o Lupicínio Rodrigues.

FM: Na mídia, por que você não aparece na mídia?
EC:  Eu acho que a mídia deve ser espontânea e eu tenho uma que me ajuda muito que é o rádio, O Jornal. A mídia da televisão que é uma mídia paga tem que ter um contato aqui e outro ali. O que a gente tem que fazer é trabalhar,  fazer bem feito, marcar com um bom trabalho  para ser chamado e ai você aproveita bem a chance e eu sei aproveitar bem as minhas  mostrando o belo trabalho que faço.



Por Nice Abreu @falemulher.
fotos: Nice Abreu

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